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ÉTICA E RESPONSABILIDADE DO NUTRICIONISTA


Por Marle Alvarenga, nutricionista

Volto a falar de um tema importante para o GENTA: a responsabilidade do nutricionista no atendimento de seus pacientes.

A Sociedade de Psicoterapia Avançada publicou um texto interessante e corajoso intitulado: “Ética em ajudar os pacientes a perderem peso com psicoterapia” http://societyforpsychotherapy.org/weight-loss-psychotherapy/. Nele, os autores retomam pontos importantes dos princípios éticos para psicólogos para pensar a questão.

Não deveríamos fazer o mesmo como nutricionistas?

Um dos princípios discutidos no texto fala sobre beneficência – que estabelece que se deve fazer bem aos outros independente de desejar isto – e não maleficência, ou seja, a obrigação de não causar dano intencional. Tal princípio está incorporado ao juramento socrático (que os médicos fazem em sua formatura). Na versão adotada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CRM-SP) há a frase: Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém?

Discutimos aqui neste Blog extensamente sobre os danos das dietas restritivas, da promoção da insatisfação corporal, do estigma para com a obesidade. Não valeria incorporar esta parte do juramento hipocrático ao do nutricionista? E se pensarmos especialmente nesta ética em ajudar os pacientes a perder peso, isto não é especialmente válido?

Perder peso como, se os tratamentos se mostram bastante insatisfatórios? De qualquer forma? Perder peso é sempre bom? É mudança de peso ou de comportamentos que impacta a saúde de forma duradoura?

Os dois outros princípios do texto “Ética em ajudar os pacientes a perder peso com psicoterapia” http://societyforpsychotherapy.org/weight-loss-psychotherapy/ falam de integridade e justiça, o que traz a tona a importância de informar os pacientes de forma ampla sobre as evidências científicas que dão suporte aos tratamentos, seus riscos e benefícios; e de tomar cuidado para que nossos vieses e preconceitos pessoais não levem à práticas injustas.

Vale a leitura na íntegra, e pensar no mesmo para os nutricionistas!



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