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Importância da Prevenção

TA e obesidade são problemas de origem multifatorial, e intervenções inadequadas podem piorar os problemas, assim é mais barato e possível prevenir do que curar.


A melhor abordagem para a prevenção dos transtornos alimentares (TA) e da obesidade é evitar o desenvolvimento precoce de crenças, atitudes e comportamentos disfuncionais com relação à alimentação e ao corpo. O GENTA tem como uma de suas principais missões divulgar estratégias adequadas de prevenção para TA e obesidade, e desenvolver ações para promover um relacionamento saudável com o corpo e com a comida.

Por que prevenir?

Os centros especializados para tratamento gratuito de TA e obesidade no Brasil são limitados.  O tratamento de TA e de obesidade são custosos e longos porque envolvem a atuação de uma equipe multidisciplinar especializada. Tanto a obesidade quanto os TA são quadros crônicos que trazem prejuízos à saúde e ao convívio social. Intervenções inadequadas podem piorar e cronificar os problemas. É mais barato e inteligente prevenir!

Qual o público alvo para prevenção?

A prevenção pode ser feita com a população como um todo (prevenção primária universal) – envolvendo desde o ambiente escolar com participação de professores, coordenadores, pais e alunos – até o governo com a regulamentação de medicações para emagrecer/suplementos/shakes; com o objetivo de promover o bem-estar e saúde, e reduzir o risco dos TA em grupos não sintomáticos.  Já os grupos de maior risco devem ser foco de ações específicas ou direcionadas (prevenção secundária), como meninas adolescentes – geralmente mais preocupadas com peso e forma corporal. Alguns grupos também podem ser foco de ações específicas por trabalho ou relação com exigências com relação ao corpo e alimentação; como por exemplo, modelos, judocas, bailarinas e atletas, estudantes de nutrição e educação física.

Por que fazer prevenção conjunta de TA e obesidade?

TA e obesidade são problemas de origem multifatorial, e intervenções inadequadas podem piorar os problemas, assim é mais barato e possível prevenir do que curar.

O foco das ações é alimentação, atividade física e imagem corporal – tanto para TA como para obesidade. Mas se feitos separadamente, os programas passam mensagens contraditórias, que podem se neutralizar e confundir os participantes. Especialmente ao se considerar a prevenção de obesidade, ações podem (e devem) ser conduzidas desde a infância, mas incluindo a temática dos TA nos programas de prevenção. Vários estudos apontam para a necessidade da prevenção conjunta (referências abaixo), e a Academia de Transtornos Alimentares (Academy for Eating Disorders) publicou diretrizes para a prevenção conjunta exatamente para que as ações sejam mais cuidadosas e efetivas.

 

Para saber mais:

Dunker KLL, Timerman F, Alvarenga M, Scagliusi FB, Philippi ST. Prevenção dos transtornos alimentares e postura do nutricionista. In: Alvarenga M, Scagliusi FB, Philippi ST. Nutrição e transtornos alimentares: avaliação e tratamento. Barueri: Manole; 2010. p. 497-516.
Dunker KLL, Alvarenga MS, Romano ECB, Timerman F. Nutrição comportamental na prevenção conjunta de obesidade e comer transtornado. In: Alvarenga MS, Figueiredo M, Timerman F, Antonaccio CMA. Nutrição Comportamental. São Paulo: Manole, 2a ed. 2018.p.465-483.
Daníelsdóttir S, Burgard D, Oliver-Pyatt W. Academy of Eating Disorders Guidelines for Childhood Obesity Prevention Programs. Disponível em: http://www.aedweb.org/media/Guidelines.cfm.
Dunker KLL. Prevenção dos transtornos alimentares: uma revisão metodológica. 2009. Nutrire: Rev Soc Bras Alim Nutr. 34:195-211, 2009.
Irving LM, Neumark-Sztainer D. Integrating the prevention of eating disorders and obesity: feasible or futile? Prev Med. 34:299-309, 2002.
Neumark-Sztainer D. Integrating messages from the eating disorders field into obesity prevention. Adolesc Med State Art Rev. 23:529-43, 2012.
Haines J,Kleinman KP, Rifas-Shiman SF, Field AE, Austin SB. Examination of shared risk and protective factors for overweight and disordered eating among adolescents. Arch Pediatr Adolesc Med. 164: 336-43, 2010.
Schwartz MB, Henderson KE. Does Obesity Prevention Cause Eating Disorders? J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 48:784-6, 2009.
Stice E, Shaw H, Marti CN. A meta-analytic review of eating disorder prevention programs: encouraging findings. Annu Rev Clin Psychol 3:207-31, 2007.
Sánchez-Carracedo D, Neumark-Sztainer D, López-Guimera G. Integrated prevention of obesity and eating disorders: Barriers, developments and opportunities. Public Health Nutrition. 15:2295-309, 2012.



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